quarta-feira, 23 de março de 2011

VÍRUS E A INVASÃO DA CÉLULA

Modos de invadir uma célula
(Fonte: Scientific American Brasil, Ed. Especial N. 28)

REPRODUÇÃO DE UM BACTERIÓFAGO T4 EM UMA BACTÉRIA


Pessoal... fiz um desenho para voces.

Agora contem a história do que esta acontecendo nessa figura...

BACTERIÓFAGO T4

REPRODUÇÃO DO BACTERIÓFAGO T4

Fago T4 inserindo seu DNA para o interior de uma Escherichia coli


FASES DO ATAQUE DO VÍRUS BACTERIÓFAGO 
À CÉLULA BACTERIANA
(SIMPLIFICADO)

1- ADSORÇÃO (LIGAÇÃO DO VÍRUS À CÉLULA HOSPEDEIRA). As proteínas virais específicas (proteínas ligantes) reconhecem a célula hospedeira e se ligam a receptores protéicos na célula.

2 - PENETRAÇÃO DAS PROTEÍNAS DA CAUDA NOS ENVOLTÓRIOS CELULARES DA BACTÉRIA. Com as proteínas da cauda firmemente ligadas à bactéria outras proteínas virais perfuram os envoltórios protetores da célula.

3 - INJEÇÃO DO DNA DO FAGO NO CITOPLASMA DA CÉLULA BACTERIANA. Com a injeção do DNA do vírus no citoplasma da célula bacteriana o vírus pode seguir dois caminhos distintos: entrar no ciclo lítico ou no ciclo lisogênico.  

T4 LIGADOS A PAREDE CELULAR DE UMA BACTÉRIA

Fago T4 ligados a superfície de uma bactéria Escherichia coli.

VIROSES HUMANAS

Principais viroses que atacam humanos
Gripe (ou Influenza)

Gripe A

Dengue

Febre Amarela

AIDS

Herpes

Hepatite

Poliomielite

Catapora

Sarampo

Rubéola

Caxumba

Raiva

Gripe Aviária

Varíola


Partícula viral

Os vírus são formados por um agregado de moléculas protéicas unidas, formando uma estrutura denominada partícula viral ou vírion. Uma partícula viral é constituída por diversos componentes estruturais:

1. Ácido nucléico (genoma): molécula portadora dos genes que codificam as proteínas do vírus (genoma viral).

2. Capsídio: envoltório protéico (codificado pelos genes do vírus) e que envolve o genoma dos vírus. Atua como elemento protetor e específico.

3. Nucleocapsídeo: estrutura formada pelo capsídio associado ao ácido nucléico que ele engloba e protege.

4. Capsômeros: subunidades protéicas (monômeros) que unidas constituem o capsídio do vírus.

5. Envelope: membrana rica em lipídios que envolve a partícula viral externamente. O envelope em geral é a própria membrana lipídica da célula hospedeira com algumas proteínas específicas do vírus.

Uma partícula viral completa é denominada vírion. Os vírions podem possuir ou não um envelope (derivado da membrana plasmática das células hospedeiras) que envolve a partícula viral externamente.
O envelope protege o genoma viral contido nele e também possibilita ao vírus identificar as células que ele pode parasitar e, em certos vírus, facilita a sua penetração células hospedeiras.


REFERÊNCIAS:

TIPOS DE VÍRUS QUANTO A PRESENÇA DE ENVELOPE

 

 CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS QUANTO A PRESENÇA 
(OU NÃO) DO ENVELOPE


Os vírus podem ser divididos em dois grandes grupos quanto a presença ou não do envelope:  

VÍRUS NÃO ENVELOPADOS - vírus sem envelope e
VÍRUS ENVELOPADOS - vírus que apresentam envelope

O envelope, como ja vimos em aula, é uma estrutura constituída por uma camada bimolecular lipídica.  Portanto é a membrana plasmática da célula hospedeira que esta sendo infectada pelo vírus mais as proteínas virais específicas (proteínas ligantes), codificadas pelo genoma viral e que são importantes no reconhecimento da célula hospedeira e na ligação a essa célula. 

 
 

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS

CARACTERISTICAS GERAIS DE UM VÍRUS
1) AGENTE PATOGÊNICA (CAUSA DOENÇA) E PARASITA INTRACELULAR OBRIGATÓRIO (POIS DEPENDEM DE UMA CÉLULA VIVA PARA SE REPRODUZIREM).

2) COMPOSIÇÃO QUÍMICA: CAPA PROTETORA DE PROTEÍNAS E ÁCIDOS NUCLÉICOS.

3) SEM ORGANIZAÇÃO CELULAR (ACELULARES) 
SEM CÉLULAS, SEM METABOLISMO, SEM MOVIMENTO, SÃO INCAPAZES DE CRESCER EM TAMANHO E DE SE DIVIDIR.
ESQUEMA DE DOIS VÍRIONS
(A) VÍRUS NÃO ENVELOPADO E (B) VÍRUS ENVELOPADO

 FORMAS COMUNS EM VÍRUS (ADENOVÍRUS EM FORMA DE ICOSAEDRO)
 
FOTOGRAFIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DE UM VÍRUS DE AVE
TIPOS DE VÍRUS DE DNA

VÍRUS H5N1 INFLUENZA A

VÍRUS DO MOSAICO DO TABACO

VÍRUS DE RNA 
FOTO MOSTRANDO UM VÍRUS BACTERIÓFAGO E SEU DNA 
QUE SE DESENROLOU E SAIU DO CAPSÍDIO

FOTOGRAFIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DE UM ADENOVÍRUS E SEU ESQUEMA ESTRUTURAL

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS 

VÍRUS E SUAS INFECÇÕES VIRAIS


REFERÊNCIAS






VÍRUS MAIS COMUNS


Tipos de vírus mais comuns

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS VÍRUS

Bacteriófago (Fago T 4)

CLASSIFICANDO OS SERES VIVOS - RESUMINHO

ORIGEM DOS CLOROPLASTOS

 


Os cloroplastos são organelas celulares que estão presentes nas
células das plantas, cianobactérias e algas. Elas têm a função de
produzir alimento (açúcar) para a célula que à contém.

Cloroplastos no citoplasma de células vegetais


Alga verde unicelular com seus cloroplastos


UM POUCO DA HISTÓRIA


Evolução dos eucariotos - Os cloroplastos surgiram depois do surgimento da célula.
Quando se formou a primeira procariota por muitas gerações todos os descendentes dessa célula inicial mantiveram-se heterotróficos, i.e., necessitavam de nutrientes já sintetizados (ou pelo meio-ambiente, ou capturando restos dispersos no meio ou ainda englobando outras células). Em um dado momento uma de suas descendentes adquiriu "dobramentos" em sua membrana plasmática. Essa aquisição foi passada de geração em geração.
Um ramo descendente dessa bactéria inicial se diferenciou na direção de tornar-se independente energeticamente do ambiente; seus  "dobramentos ou invaginações da membrana" invadiram profundamente o citoplasma da célula. E no interior desses dobramentos ligados a essas membranas surgiu uma molécula capaz de capturar a luz do Sol e, juntamente com o CO2, transformar isso em energia. Essa molécula foi a clorofila.
Surgiu assim as CIANOBACTÉRIAS. Algumas dessas células diferenciadas acabaram invadindo uma célula procariota maior. A esse processo de invasão benéfica para ambos os seres envolvidos chamamos de ENDOSSIMBIOSE.  Assim, a célula que já apresentava uma outra bactéria aeróbica invasora (que se tornou a MITOCÔNDRIA), passou a possuir também outra bactéria invasora que agora se transformou em um CLOROPLASTO.
A mitocôndria ficou encarregada da respiração celular (produção de ATP) e o cloroplasto a produção de substancias orgânicas como açúcar.
Assim, dessa maneira surge uma nova entidade no cenário daquela época uma célula que evoluía em direção a aquisição de um núcleo.
Seria o núcleo também uma bactéria invasora  com DNA que invadiu uma célula procariota transformando-a em EUCARIOTA, ou o núcleo seria decorrente dos dobramentos profundos da membrana plasmática que aprisionou o DNA que estava ligado ao mesossomo transformando-o em um verdadeiro núcleo com carioteca?


SUA ESTRUTURA

Os cloroplastos possuem nas suas delimitações duas membranas: uma
membrana externa lisa, enquanto a interna é composta por várias
dobras voltadas para o interior do cloroplasto.

Na membrana interna dos cloroplastos estão os fotossistemas com
várias moléculas de clorofila. Essa proteína tem a capacidade de capturar os fótons proveniente do Sol e usá-los como fonte de energia para unir moléculas de gás carbônico, produzindo compostos ricos em energia.



A IMPORTÂNCIA DOS CLOROPLASTOS
NA FOTOSSÍNTESE

Os cloroplastos são muito importantes na fotossíntese das plantas,
algas e cianobactérias pois eles contém clorofila. 
No processo de fotossíntese, a clorofila captura a luz do sol e transforma em
energia, e como subproduto ela libera o oxigênio para a atmosfera. Dessa maneira a atmosfera iniciou um lento processo de acumulação de oxigênio que possibilitou a evolução de outros organismos mais complexos.


Origem dos plastos 




REFERÊNCIAS:




ORGANELAS





FOTOSSÍNTESE

(o melhor site)


(TEXTO DO ALUNO KOWALCZUK REVISADO PELO POSTMASTER (PAIM))

EVOLUÇÃO DA CÉLULA EUCARIOTA POR ENDOSSINBIOSE

TEORIA ENDOSSINBIÓTICA
(resuminho)


Segundo Margulis, a célula eucariótica típica teria surgido seqüencialmente, em 3 etapas:

1) Proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias aeróbias, obtendo mitocôndrias;

2) Proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de cianobactérias obtendo plastos;

3) Proto-eucarionte tornou-se hospedeiro de bactérias espiroquetas, obtendo cílios, flagelos e, mais tarde, outras estruturas com base em microtúbulos como os centríolos e citoesqueleto.


Um endossibionte é qualquer organismo que vive no interior do corpo ou das células de outro organismo (hospedeiro), realizando uma relação ecológica designada como endossimbiose (do grego: endo = interior e biosis = vivente, ou seja: vivente no interior de outro ser vivo). 
Por exemplo, algumas bactérias, fixadoras de Nitrogênio (conhecidas como Rhizobium) vivem em nódulos, nas raízes de algumas leguminosas; alguns corais, em recifes, hospedam algas unicelulares; vários insetos contêm  diversas bactérias endossimbiontes; entre outros exemplos possíveis.

Todavia o exemplo mais importante é aquele que deu origem às células eucariotas. 
Em algum momento num passado longínquo uma célula bacteriana (provavelmente uma bactéria aeróbia primitiva) invadiu outra célula (proto-eucarionte) e deu origem a mitocôndria. Em um outro momento essa mesma célula pode ter sido invadida por uma cianobactéria, essa cianobactéria deu origem então ao cloroplasto.

ORGANELAS CELULARES

 

MITOCÔNDRIA


ORGANELAS CELULARES
MITOCÔNDRIAS

Rudolph Albert von Kölliker, professor assitente de dissecação anatâomica  junto a Friedrich Gustav Jakob Henle (o discobridor da alça de Henle no rim) .
Kölliker era fisiologista e anatomista alemão renomado e observou o que ele chamou de grânulos no citoplasma das células.
Todavia o primeiro estudo que se tem registro sobre mitocôndrias foi conduzido por Richard Altman, médico patologista e histologista alemão, interessado na estrutura e teoria celular, na década de  1840. Ele as denominou bioblastos, por pensar serem organismos elementares de vida autônoma (metabólica e genética) que viviam dentro do citoplasma da célula. Ele tambem desenvolveu um método para colorir essas organelas usando ácido pícrico, anilina e fucsina (corando as mitocondrias de camesim contra um fundo amarelo). Richard Altman publicou seus resultados em um tratado chamado Die Elementarorganismen (Os organismos elementares) em 1890. Mais tarde o médico Dr. Carl Benda em 1898, cunhou o nome mitocôndria para essa organela.

Mitocôndrias (do grego μίτος = mitos = fio, filamento + χονδρίον = chondrion = grânulo) estão presentes no citoplasma de todas as células eucarióticas (exceto num pequeno grupo de protoctistas arquezoa; esse grupo provavelmente perdeu a mitocôndria ao longo da evolução). 

Ad mitocôndrias caracterizam-se por apresentarem propriedades morfológicas, bioquímicas e funcionais específicas. Quando observadas em um aumento grande apresentam-se como estruturas cilíndricas com aproximadamente 0,5 micrômetros de diâmetro e vários micrômetros de comprimento. Uma célula hepática (célula do fígado) normal pode conter de 1.000 a 1.600 mitocôndrias, enquanto alguns ovócitos (células que dão origem ao gameta feminino,  o óvulo) podem conter até 300.000 em seu citoplasma. 

O que significa esse grande número de mitocôndria nestas células? Pense um pouco e elabore uma hipótese para explicar esse fato.
Microfilmagens em diferentes intervalos de tempo, feito em céculas vivas, mostram que as mitocôndrias são organelas muito móveis e plásticas, podendo mudar constantemente sua forma e mesmo fundindo-se umas com as outras e se separando novamente.

Sua membrana externa e interna é estruturalmente constituída de lipoproteínas, e contêm um grande número de enzimas e coenzimas que participam das reações de transporte de eletétrons em suas cristas. Essas proteínas estão ligadas a produção de energia ou ATP (adenosina trifosfato), molécula rica em energia essencial para a vida.

DNA mitocondrial

A mitocondria apresenta seu próprio genoma (DNA). Esse fato apoia a hipótese endossimbiótica (de que as mitocôndrias, no passado foram bactérias que encontraram abrigo dentro de uma célula recebendo proteção e fornecendo energia em troca).  Esse fato teria produzido o primeiro ser vivo EUCARIOTO.
O genoma das mitocôndrias é constituído por várias moléculas circulares de DNA e dentro de cada molécula, múltiplas cópias do mesmo gene, (o que garante uma grande acuracidade na produção de fatores importantes para a geração de energia (respiração celular)).

O DNA mitocondrial é de herança materna (ou seja, as mitocôndrias que todos os seres vivos possuem vem sempre da mãe (do ovócito materno que se desenvolve no óvulo) e ao ser fecundado por um espermatozóide gera um zigoto, cujo genoma mitocondrial é totalmente materno. O espermatozóide, apesar de possuir inúmeras mitocôndrias, estas são destruidas quando ele penetra no óvulo. 

Qual a conseqüência que do fato de herdarmos as mitocôndrias somente da mãe? Existe algum uso para essa característica? Onde essa característca pode ser usada pelo homem e com que objetivo?

(A) Microscopia eletrônica revela o DNA mitocondrial em um local específico  na  organela próximo membrana. 
(B) Moléculas de mtDNA (DNA mitocondrial) marcado com ouro é visto como particulas aglomeradas em determinados locais na organela. 
(Iborra et al., 2004).
 Microscopia eletrônica de um condrócito (célula do tecido cartilaginoso), mostrando a mitochondria M em seu citoplasma. A mitocôndria foi corada para o cálcio, o que revela  um importante papel no metabolismo e regulação desse mineral (Ca) no organismo.




REFERÊNCIAS

Iborra F.J., Kimura H, Cook P.R., (2004). The functional organization of mitochondrial genome in human cells. BMC Biol. 2: 9.


DNA Mitocôndrial

Doenças motocôndriais





 AP PARA FAZER EM CASA 
(valor DEZ):
1) FAZER UM ESQUEMA DE UMA CÉLULA BACTERIANA, UMA CÉLULA ANIMAL E UMA CÉLULA VEGETAL (TAMANHO GRANDE EM NOSSO CADERNO DE ESQUEMAS).

2) EM OUTRA FOLHA DESENHAR INDIVIDULAMENTE AS ORGANELAS 
COLOCAR O NOME E ESPECIFICAR SUA FUNÇÃO

CAROLUS LINNAEUS SYSTEMA NATURAE

 

CAPA DO LIVRO DE LINEU (EDIÇÃO DE 1758)

KARL LINÉ (1707 - 1778)

TAXONOMIA E HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO

 

Taxonomia e Biobiversidade


Biodiversidade ou Diversidade biológica refere-se à variedade (quantidade de tipos diferentes, número de designs, ou padrões) apresentados pelos organismos vivos no planeta Terra. Incluindo aí a variedade genética (variabilidade gênica) dentro das populações, o número de espécies nos ecossistemas, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (eqüitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos existentes num habitat.

O termo diversidade biológica foi criado por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que a palavra Biodiversidade foi usada pela primeira vez pelo entomologista Edward O. Wilson em 1986, num relatório apresentado ao primeiro Fórum Americano sobre a diversidade biológica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (National Research Council, NRC). A palavra "Biodiversidade" foi sugerida a Wilson pelo pessoal do NRC a fim de substituir diversidade biológica, expressão considerada menos eficaz em termos de comunicação.
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região".
Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos: diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
Diversidade de espécies - diversidade entre espécies dentro de um habitat.
diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
Para organizar a biodiversidade são necessário critérios e o primeiro e mais importante é dado pela nomenclatura biológica.
Sistemática ou Taxonomia é a ciência da identificação, que visa à identificar e descrever as espécies.


História da classificação




Platão e Aristóteles (sec. IV a.C.)

A categorização clássica tem sua origem em Platão, que, em seu diálogo “Político”, introduziu a idéia de agrupar objetos baseados na semelhança de suas propriedades.

O termo categoria (do grego: Κατηγοριαι), foi empregado pela primeira vez em um contexto filosófico por Aristóteles, em seu tratado “Categorias”, em que analisa a diferença entre classes e objetos, aprofundando e sistematizando o esquema de classificação proposto por Platão. 
         
Aristóteles aplicou esse esquema de categorização em sua obra filosófica e científica do conhecimento, e em sua  classificação natural de plantas e animais.


Aristóteles de Estagira (384 a.C. - 322 a.C)

Em sua obra “Organon”, no primeiro livro chamado “Categorias”,  Aristóteles define 5 categorias que descrevem o modo como a realidade é compreendia por nós humanos.

 Gênero - Espécie  -  Diferença  -  Propriedade  -  Acidente

Classificou todos os organismos vivos conhecidos em Animais, Vegetais e Minerais. Os animais eram, por sua vez foram subdividibos em de acordo com o meio em que se moviam (terra, água e ar).

Critério usado por Aristóteles: Critério Ambiental 


Porfírio de Tiro ? (c. 232- c. 304) 


Filósofo neoplatônico. Em sua obra “Isagoge = εσαγωγή, eisagogé = “introdução” (traduzida para o latin por Boécio como “Introductio in Praedicamenta” um comentário à obra Categorias de Aristóteles).

Neste livro é apresentada a “Árvore de Porfírio”, onde sugere que os conceitos se subordinam, passando do mais geral e mais extensos, até chegar ao menos Extensos ou particulares. Sua contribuição foi no sentido de organizar os conceitos mostrando que uns estariam subordinados a outros mais gerais.
 
 
Teofrasto de Eressos  (370 a.C. 286 a.C.) 

Teofrasto foi aluno (discípulo) de Aristóteles. Escreveu uma extensa obra onde classificava todas as plantas conhecidas na época. 
Sua obra chamava-se: “Historia plantarum” (História das plantas), em nove volumes e “De causis plantarum” (Sobre as causas das plantas), em seis volumes.

Estudou 500 espécies e variedades de plantas; discutiu a seiva das plantas, as ervas medicinais e os tipos de madeira e criou termos técnicos (por ex. pericarpion (pericarpo) parte do fruto que envolve a semente. 

Classificou as plantas em:

Ervas
Subarbustos
Arbustos
Arvoretas
Árvores


Carl von Linné
Latinizado: Carolus Linnaeus (1707 -1778)

Foi botânico, zoólogo, médico e naturalista sueco, estudou medicina na Universidade de Lund e Uppsala onde veio a lecionar. De seus estudos com plantas escreveu em 1735 sua obra mais importante "Systema naturae", onde lançou as bases para a classificação atual dos seres vivos. Nessa obra ele criou as categorias sistemáticas principais.

Categorias sistemáticas


Reino
Filo
Classe
Ordem 
Família
Gênero
Espécie

CRITÉRIO

Classificação baseada na semelhança de características morfológicas, fisiológicas, anatômicas e bioquímicas.

ESPÉCIE

Grupo de indivíduos semelhantes
(no nível morfológico e funcional, e bioquímico); 
idêntico cariótipo (mesmo número cromossômico) 
que vivem numa mesma área geográfica,
capazes de reprodução (cruzam-se)entre si, 
originando descendentes férteis, 
e que estão isoladas reprodutivamente de outros grupos.



As categorias que foram propostas por Linnaues, são em número de sete e iniciando pela categoria mais abrangente ou mais geral ou de maior diversidade seguiremos até a categoria de menor abrangência, de menor diversidade ou mais restrita, teremos:
REINO
um conjunto de filos semelhantes
FILO 
um conjunto de classes semelhantes
CLASSE 
um conjunto de ordens semelhantes
ORDEM 
um conjunto de famílias semelhantes
FAMILIA 
um conjunto de gêneros semelhantes
GÊNERO 
um conjunto de espécies semelhantes e aparentadas
ESPÉCIE
um grupo de organismos semelhantes que vivem numa mesma área geografica, com o mesmo número de cromossomos, que se cruzam entre si, gerando descendentes férteis. 

Assim formam-se grupos de organismos em cada uma dessas categorias taxonômicas ou taxa (singular, taxon).
Exemplo da posição sistemática ou da classificação da espécie humana dentro do reino METAZOA

Seres humanos


Reino: Metazoa

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Infra-classe: Placentalia

Ordem: Primatas

Família: Hominidae

Subfamília: Homininae

Gênero: Homo

Espécie: Homo sapiens Lineu, 1735

Rosas


Reino: Metafita

Divisão: Angiospermae (Magnoliophyta)

Subclasse: Archichlamydeae

Ordem: Rosales

Família: Rosaceae


Gênero: Rosa

Espécie: Rosa gallica Linnaeus, 1735


Note que podem existir categorias intermediárias entre as principais criadas por Lineu. Mas o mais importante é lembrarmo-nos de que as categorias apresentam grupos de organismos que guardam entre si um grau de semelhança (ou alguma característica que persiste desde a espécie até o reino).

Conceitos de população e espécie


Indivíduo - os individuos que existem na natureza se agrupam em unidades que denominamos poupulação e espécies. Logo, a única categoria que efetivamente existe na natureza é a espécie.

População - grupo de organismos com características semelhantes vivendo num mesmo habitat em um mesmo tempo, com certo grau de parentesco entre si, cruzando e produzindo descendentes férteis.

Espécie - conjunto de indivíduo com características morfológicas semelhantes, vivendo numa mesma área, num mesmo tempo e que podem se cruzar em condições naturais produzindo descendentes férteis.

Regras de nomenclatura biológica

Objetivo da classificação

1. Representar um dado tipo de organismo como diferente dos outros;

2. Representar sempre o mesmo organismo seja qual for o local em que se encontre, ou idioma em que esta escrito (i.e., um determinado organismo tera somente um nome válido e esse nome é composto por um gênero e uma espécie).

3. Ser o único nome válido para esse organismo.

Regras

1. Na denominação científica de uma espécie, os nomes devem ser latinos ,de origem latina ou, então, latinizados.

2. O nome de uma espécie deve ser binominal, ou seja, o táxon espécie consta de dois nomes (uma para gênero e outra para espécie).

3. O nome do gênero (que é substantivo) deve ser escrito com letra inicial maiúscula.

4. O nome da espécie (que geralmente é um adjetivo) deve ser escrito com letra inicial minúscula.

5. Em obras impressas (digitados), todo nome científico deve ser escrito em itálico (tipo de letra fina e inclinada), diferente do corpo tipográfico usado no texto corrido. Em trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser obrigatoriamente sublinhados.

6. Seguindo o nome da espécie, é facultado colocar por extenso ou abreviadamente o nome do autor que primeiro descreveu e denominou sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma virgula e a data em que foi publicado pela primeira vez.


PARA VOCE TREINAR SEU INGLÊS

How to Write the Scientific Name 
of a living being

There are precise convention to follow when writing a scientific name.

Genus Name

1. The genus name is written first.
2. The genus name is always underlined or italicized.
3. The first letter of the genus name is always capitalized

Example: 

Dryas iulia Fabr. 1775

Specific name

1. The specific epithet is written second.
2. The specific epithet is always underlined (when handwriting (hand script)) or italicized (when in press).
3. The first letter of the specific epithet name is never capitalized.

      Homo sapiens L. (italicized)

      The name of the species underlined


 
 Rosa gallica L.



 Ilex paraguariensis A.St. Hil.
 Erva mate

Referências
Amabis, J.M.; Martho G. R. (2006). Fundamentos da biologia moderna. Ed. Moderna.
Lopes, S. (2006). Biologia. Ed. Moderna. S.P
Bolzon, R. T. Mudanças Florísticas durante o Triássico: o Gondwana no Rio Grande do Sul. 1990. 1(1) Universidade Federal de Santa Maria.

Internet

Sobre Linnaeus
Classificação