Taxonomia e Biobiversidade
Biodiversidade ou Diversidade biológica refere-se à variedade (quantidade de tipos diferentes, número de designs, ou padrões) apresentados pelos organismos vivos no planeta Terra. Incluindo aí a variedade genética (variabilidade gênica) dentro das populações, o número de espécies nos ecossistemas, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (eqüitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos existentes num habitat.
O termo diversidade biológica foi criado por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que a palavra Biodiversidade foi usada pela primeira vez pelo entomologista Edward O. Wilson em 1986, num relatório apresentado ao primeiro Fórum Americano sobre a diversidade biológica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (National Research Council, NRC). A palavra "Biodiversidade" foi sugerida a Wilson pelo pessoal do NRC a fim de substituir diversidade biológica, expressão considerada menos eficaz em termos de comunicação.
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região".
Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos: diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
Diversidade de espécies - diversidade entre espécies dentro de um habitat.
diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
Para organizar a biodiversidade são necessário critérios e o primeiro e mais importante é dado pela nomenclatura biológica.
Sistemática ou Taxonomia é a ciência da identificação, que visa à identificar e descrever as espécies.
diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
Para organizar a biodiversidade são necessário critérios e o primeiro e mais importante é dado pela nomenclatura biológica.
Sistemática ou Taxonomia é a ciência da identificação, que visa à identificar e descrever as espécies.
História da classificação
Platão e Aristóteles (sec. IV a.C.)
A categorização clássica tem sua origem em Platão, que, em seu diálogo “Político”, introduziu a idéia de agrupar objetos baseados na semelhança de suas propriedades.
O termo categoria (do grego: Κατηγοριαι), foi empregado pela primeira vez em um contexto filosófico por Aristóteles, em seu tratado “Categorias”, em que analisa a diferença entre classes e objetos, aprofundando e sistematizando o esquema de classificação proposto por Platão.
Aristóteles aplicou esse esquema de categorização em sua obra filosófica e científica do conhecimento, e em sua classificação natural de plantas e animais.
Aristóteles de Estagira (384 a.C. - 322 a.C)
Em sua obra “Organon”, no primeiro livro chamado “Categorias”, Aristóteles define 5 categorias que descrevem o modo como a realidade é compreendia por nós humanos.
Gênero - Espécie - Diferença - Propriedade - Acidente
Classificou todos os organismos vivos conhecidos em Animais, Vegetais e Minerais. Os animais eram, por sua vez foram subdividibos em de acordo com o meio em que se moviam (terra, água e ar).
Critério usado por Aristóteles: Critério Ambiental
Porfírio de Tiro ? (c. 232- c. 304)
Filósofo neoplatônico. Em sua obra “Isagoge = εἰσαγωγή, eisagogé = “introdução” (traduzida para o latin por Boécio como “Introductio in Praedicamenta” um comentário à obra Categorias de Aristóteles).
Neste livro é apresentada a “Árvore de Porfírio”, onde sugere que os conceitos se subordinam, passando do mais geral e mais extensos, até chegar ao menos Extensos ou particulares. Sua contribuição foi no sentido de organizar os conceitos mostrando que uns estariam subordinados a outros mais gerais.
Teofrasto de Eressos (370 a.C. 286 a.C.)
Teofrasto foi aluno (discípulo) de Aristóteles. Escreveu uma extensa obra onde classificava todas as plantas conhecidas na época.
Sua obra chamava-se: “Historia plantarum” (História das plantas), em nove volumes e “De causis plantarum” (Sobre as causas das plantas), em seis volumes.
Estudou 500 espécies e variedades de plantas; discutiu a seiva das plantas, as ervas medicinais e os tipos de madeira e criou termos técnicos (por ex. pericarpion (pericarpo) parte do fruto que envolve a semente.
Classificou as plantas em:
Ervas
Subarbustos
Arbustos
Arvoretas
Árvores
Carl von Linné
Latinizado: Carolus Linnaeus (1707 -1778)
Foi botânico, zoólogo, médico e naturalista sueco, estudou medicina na Universidade de Lund e Uppsala onde veio a lecionar. De seus estudos com plantas escreveu em 1735 sua obra mais importante "Systema naturae", onde lançou as bases para a classificação atual dos seres vivos. Nessa obra ele criou as categorias sistemáticas principais.
Categorias sistemáticas
Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie
CRITÉRIO
Classificação baseada na semelhança de características morfológicas, fisiológicas, anatômicas e bioquímicas.
ESPÉCIE
Grupo de indivíduos semelhantes
(no nível morfológico e funcional, e bioquímico);
idêntico cariótipo (mesmo número cromossômico)
que vivem numa mesma área geográfica,
capazes de reprodução (cruzam-se)entre si,
originando descendentes férteis,
e que estão isoladas reprodutivamente de outros grupos.
As categorias que foram propostas por Linnaues, são em número de sete e iniciando pela categoria mais abrangente ou mais geral ou de maior diversidade seguiremos até a categoria de menor abrangência, de menor diversidade ou mais restrita, teremos:
REINO
um conjunto de filos semelhantes FILO
um conjunto de classes semelhantes CLASSE
um conjunto de ordens semelhantes
um conjunto de ordens semelhantes
ORDEM
um conjunto de famílias semelhantes FAMILIA
um conjunto de gêneros semelhantes GÊNERO
um conjunto de espécies semelhantes e aparentadas ESPÉCIE
um grupo de organismos semelhantes que vivem numa mesma área geografica, com o mesmo número de cromossomos, que se cruzam entre si, gerando descendentes férteis. Assim formam-se grupos de organismos em cada uma dessas categorias taxonômicas ou taxa (singular, taxon).
Exemplo da posição sistemática ou da classificação da espécie humana dentro do reino METAZOA
Seres humanos
Seres humanos
Reino: Metazoa
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infra-classe: Placentalia
Ordem: Primatas
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Gênero: Homo
Espécie: Homo sapiens Lineu, 1735
Rosas
Reino: Metafita
Divisão: Angiospermae (Magnoliophyta)
Subclasse: Archichlamydeae
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica Linnaeus, 1735
Note que podem existir categorias intermediárias entre as principais criadas por Lineu. Mas o mais importante é lembrarmo-nos de que as categorias apresentam grupos de organismos que guardam entre si um grau de semelhança (ou alguma característica que persiste desde a espécie até o reino).
Conceitos de população e espécie
Indivíduo - os individuos que existem na natureza se agrupam em unidades que denominamos poupulação e espécies. Logo, a única categoria que efetivamente existe na natureza é a espécie.
População - grupo de organismos com características semelhantes vivendo num mesmo habitat em um mesmo tempo, com certo grau de parentesco entre si, cruzando e produzindo descendentes férteis.
Espécie - conjunto de indivíduo com características morfológicas semelhantes, vivendo numa mesma área, num mesmo tempo e que podem se cruzar em condições naturais produzindo descendentes férteis.
Regras de nomenclatura biológica
Objetivo da classificação
1. Representar um dado tipo de organismo como diferente dos outros;
2. Representar sempre o mesmo organismo seja qual for o local em que se encontre, ou idioma em que esta escrito (i.e., um determinado organismo tera somente um nome válido e esse nome é composto por um gênero e uma espécie).
3. Ser o único nome válido para esse organismo.
Regras
1. Na denominação científica de uma espécie, os nomes devem ser latinos ,de origem latina ou, então, latinizados.
2. O nome de uma espécie deve ser binominal, ou seja, o táxon espécie consta de dois nomes (uma para gênero e outra para espécie).
3. O nome do gênero (que é substantivo) deve ser escrito com letra inicial maiúscula.
4. O nome da espécie (que geralmente é um adjetivo) deve ser escrito com letra inicial minúscula.
5. Em obras impressas (digitados), todo nome científico deve ser escrito em itálico (tipo de letra fina e inclinada), diferente do corpo tipográfico usado no texto corrido. Em trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser obrigatoriamente sublinhados.
6. Seguindo o nome da espécie, é facultado colocar por extenso ou abreviadamente o nome do autor que primeiro descreveu e denominou sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma virgula e a data em que foi publicado pela primeira vez.
PARA VOCE TREINAR SEU INGLÊS
How to Write the Scientific Name
of a living being
of a living being
There are precise convention to follow when writing a scientific name.
Genus Name
1. The genus name is written first.
2. The genus name is always underlined or italicized.
3. The first letter of the genus name is always capitalized
Example:
Dryas iulia Fabr. 1775
Specific name
1. The specific epithet is written second.
2. The specific epithet is always underlined (when handwriting (hand script)) or italicized (when in press).
3. The first letter of the specific epithet name is never capitalized.
3. The first letter of the specific epithet name is never capitalized.
Homo sapiens L. (italicized)
The name of the species underlined
Rosa gallica L.
Ilex paraguariensis A.St. Hil.
Erva mate
Referências
Amabis, J.M.; Martho G. R. (2006). Fundamentos da biologia moderna. Ed. Moderna.
Amabis, J.M.; Martho G. R. (2006). Fundamentos da biologia moderna. Ed. Moderna.
Lopes, S. (2006). Biologia. Ed. Moderna. S.P
Bolzon, R. T. Mudanças Florísticas durante o Triássico: o Gondwana no Rio Grande do Sul. 1990. 1(1) Universidade Federal de Santa Maria.
Internet
Sobre Linnaeus
Classificação
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